Sentado num quarto gelado com as luzes apagadas, t-shirt e calças de Manga pretas, maquiagem e óculos escuros – surpreendentemente acessível e sincero –, Marilyn Manson responde a perguntas sobre o fim do seu casamento enquanto saboreia um absinto.
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BLITZ 13
Entrevista completa na BLITZ de Julho, já nas bancas. Não percebi que comecei a questionar o que sou... Só quando voltei a cantar uma canção é que vi que gosto disto – e foi como fazê-lo de novo pela primeira vez.
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Acho que sou naturalmente ofensivo ou controverso no dia-a-dia – é o meu sentido de humor. «Mutilation is the most sincere form of flattery» é algo que disse no gozo. De repente vi que nunca ponho a minha personalidade desta forma na música – as pessoas só me conhecem realmente (seja isso mau, sarcástico, ou o que for) se falarem comigo. Foi isso que fiz neste disco.
Veronica Parker/Famous/Casa da Imagem(Tradução de Sandra Almeida)
Blitz, Quinta, 28 de Junho às 10:36
Cristo"
O cantor Marilyn Manson, que se apresentará no Brasil em setembro, deu uma entrevista ao diretor Alejandro Jodorowski, reproduzida pelo jornal italiano La Repubblica, nesta segunda. Nela, ele fala de seu novo disco Eat me, Drink me (Coma-me, Beba-me) que, segundo ele, é uma "prova de amor" ao mundo. Durante a entrevista, comparou-se a Jesus Cristo e falou que o Diabo vive dentro dele.
Jodorowski, que dirigiu o filme A Montanha Sagrada, foi quem celebrou o casamento de Manson com a diva do burlesco Dita Von Teese. A separação dos dois foi o principal argumento na composição das músicas de Eat me, Drink me, cujo título faz alusão à eucaristia, rito católico em que os fiéis se alimentam do corpo e do sangue de Cristo.
Indagado por Jodorowski se o novo disco fazia essa referência, Manson concordou, dizendo que, até o momento, o diretor foi quem melhor compreendeu sua mensagem, que consiste em se oferecer como alimento para a humanidade. "É uma prova de amor ao mundo, pois ofereço-me em sacrifício", disse.
Tal argumento vem embasado no fato de seu novo disco exprimir sofrimento. "Estava perdendo um amor, da minha mulher, mas estava também reencontrando o amor com uma outra moça...", disse o cantor, que afirmou que sua ex-mulher havia se apaixonado pelo ícone Marilyn Manson, não pela pessoa.
"É isso mesmo: ela estava apaixonada por uma idéia a meu respeito, mas não por mim. Durante um ano eu não sabia o que era. Não conseguia criar, compor, nada. Era um vazio. Ela não. Trabalhava, seguia sua carreira. O começo não foi fácil."
DiaboAo ser indagado se já havia encontrado o Diabo, já que fala tanto dele em suas músicas, o cantor polemiza: "Ele está dentro de mim, talvez ele poderia ser meu irmão gêmeo. De qualquer modo, foi por isso que escrevi You, Me and the Devil Makes 3 (Você, eu e o Diabo Formamos Três). Naquela música, eu falava comigo mesmo."
Manson, sempre grotesco, falou na entrevista sobre seu desejo de ter duas bocas. "Creio que seria ótimo ter duas bocas. Não tenho tempo para comer e falar. Duas bocas seriam muito úteis. É preciso duas bocas para beijar melhor."
O cantor falou, ainda, de sua vida privada. "Fazendo este disco compreendi muitas coisas. Apenas uma parte muito pequena de meus amigos me conhecem efetivamente. Decidi que, nesse disco, no entanto, o Manson anônimo não estaria no centro."
Redação Terra
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